La Rosa: a celebração faz-se com ‘Porto Tawny 30 Anos’

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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 Em homenagem à “revolução” feita por Tim e Sophia Bergqvist.

 

Ergam-se os copos e faça-se o brinde! O trigésimo aniversário da “nova” era da Quinta de la Rosa – situada na vila do Pinhão, em pleno coração do Alto Douro Vinhateiro – pede pompa e circunstância. A celebração faz-se com o lançamento do ‘Quinta de la Rosa Porto Tawny 30 Anos (1988 - 2018)’, uma estreia em edição especial. Afinal, estamos perante uma família (Bergqvist) que, em 1988, assistiu ao virar da página da sua história: começou a produzir vinho do Porto com marca própria, foi uma das pioneiras na feitoria de vinhos do Douro e deu os primeiros passos no enoturismo, com alojamento. 
 
Esta mudança só foi possível graças à determinação de Tim Bergqvist, o então proprietário da Quinta de la Rosa, e da sua filha mais velha, Sophia Bergqvist, actual coproprietária e gestora desta propriedade sobranceira ao rio que empresta o nome à mais antiga região demarcada do mundo. 
 
Quinta de la Rosa Porto Tawny 30 Anos: o brinde perfeito
 
Para celebrara a efeméride, Sophia desafiou Jorge Moreira, enólogo da Quinta de la Rosa, a criar o primeiro Tawny 30 Anos da Quinta de la Rosa. Com um bela cor âmbar, a mostrar bem a sua idade, o ‘Quinta de la Rosa Porto Tawny 30 Ano (1988-2018)’ foi submetido a um estágio lento em pipas, o que lhe conferiu enorme elegância e complexidade. No nariz, sobressaem aromas a fruta desidratada, vinagrinho, balsâmicos, café e madeira exótica. Na boca é simplesmente delicioso, quase leve, mas com enorme intensidade de sabores, suave e uma enorme persistência. 
 
Estas características devem-se ao facto de a fermentação das uvas ter sido feita com pisa a pé em lagares de granito e do estágio ter decorrido em balseiros de madeira muito antigos. Tal como o nome indica, este Tawny resulta da mistura de vinhos do Porto com uma idade média de 30 anos e cuja qualidade é de excelência. Pode ser servido fresco, como aperitivo, ou no final da refeição, a solo ou a acompanhar a sobremesa ou um queijo. O preço de venda ao público recomendado é de 60 euros. 
 
Na Quinta de la Rosa, os vinhos do Porto continuam a ser engarrafados e armazenados no Douro e não em Vila Nova de Gaia.
 
A epopeia de Tim e Sophia Bergqvist
 
Oferecida a Claire Feuerheerd, avó de Sophia Bergqvist, em 1906, como presente de baptismo, a Quinta de la Rosa vende a sua produção de vinho do Porto para outra casa do Douro. Em 1972, o seu único filho, Tim Bergqvist, herda a propriedade e assume a sua gestão. 
 
Em 1988, Tim desafia Sophia Bergqvist a juntar-se a ele na gestão da Quinta de la Rosa, com o objectivo de produzirem vinho do Porto com marca própria. Isto acontece com a entrada de capital proveniente da venda da Companhia de Celulose do Caima – empresa da família e dirigida por Tim Bergqvist –, em 1987, e porque, de acordo com a alteração das regras, já era permitida a produção de vinho do Porto nas pequenas quintas, onde também poderia ser feita a venda directa. Dava-se, então, início a uma nova era na Quinta de la Rosa. 
 
Ao mesmo tempo, a Quinta de la Rosa abria as portas ao enoturismo. O feito está associado à transformação dos aposentos da cozinheira da avó de Sofia Bergqvist em quarto, onde era recebido quem quisesse desfrutar desta deslumbrante propriedade por mais dias.
 
Em 1991, com a ajuda do enólogo australiano David Baverstock, a dupla pai e filha pega em uvas autóctones desta região vinhateira, plantadas na propriedade, e dão-lhes outro destino: produção de vinho do Douro. Uma decisão que tornou a Quinta de la Rosa numa das pioneiras nesta nova etapa.
 
A arte de bem receber da família Bergqvist converte-se, nos dias de hoje, a 27 quartos. Dezasseis deles no corpo principal, todos com vista para o rio Douro e acesso a uma piscina comum. Possui ainda duas “villas”, cada uma com piscina privada: a Casa Amarela, com sete quartos, e a Casa Lamelas, com quatro. 
 
Outra grande aventura foi a criação do Cozinha da Clara. O restaurante, inaugurado em Maio de 2017, é a mais singela homenagem a Claire Feuerheerd. No mesmo ano, Philip Bergqvist (irmão de Sophia) e Jorge Moreira – enólogo da Quinta de la Rosa desde 2002 – lançam-se na produção de cerveja artesanal ‘La Rosa’. Esta dupla de novidades decorreu após a abertura de uma nova loja de vinhos, sala de provas e recepção. Todos os espaços desfrutam de uma vista singular para o rio e a paisagem natural do Douro.