Aveleda já plantou 70 hectares de vinha em Ponte de Lima

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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A Aveleda vai investir cerca de 7 milhões de euros, até 2020, num projeto vitícola na Aldeia de Cabração inserido no plano estratégico de desenvolvimento e sustentabilidade agrícola da empresa e que, tanto pela sua dimensão como pelo seu cariz inovador, reveste-se de grande importância económica e social para a região.

 

Esta exploração, localizada em Santa Maria de Cabração, em Ponte de Lima, enquadra-se no plano estratégico da Aveleda S.A assegurando o objetivo de aumentar a sua área de vinha própria de 150 hectares para 600 hectares. A estratégia da empresa assenta sobre dois pilares: impulsionar o crescimento sustentável da empresa e contribuir para o desenvolvimento qualitativo da Região dos Vinhos Verdes através da produção de uvas de grande qualidade, mediante as técnicas vitícolas mais avançadas e controlo de todo o processo desde o início, de forma a garantir a produção de vinhos de elevada qualidade.

O projeto de Cabração, representará, no total, a plantação de 200 hectares de vinha até 2020. Um dos grandes objetivos desta exploração é a conservação, a dinamização e o adequado aproveitamento dos recursos dos terrenos comunitários, com respeito pelo meio ambiente e pela natureza. Um compromisso a longo prazo que irá implicar a criação de postos de trabalho, dinamização da economia local e sustentabilidade da mesma, tornando-se o mais relevante projeto desenvolvido, até hoje, na Região Demarcada dos Vinhos Verdes.

Do investimento previsto, a Aveleda S.A aplicou, numa primeira fase, cerca de 2,5 milhões de euros na plantação de 70 hectares em 2018, e, até à conclusão do projeto em 2020, a empresa irá plantar os restantes 130 hectares para fechar o projeto Cabração com 200 hectares.

António Guedes, administrador da Aveleda S.A. salienta a importância do projeto, referindo que “o crescimento sustentado da empresa está diretamente ligado ao crescimento da Região, não é possível o nosso desenvolvimento sustentável sem que o mesmo aconteça por toda a Região dos Vinhos Verdes. Além disso estamos a investir na qualidade das vinhas e da uva, procurando novos terroirs, novas soluções e novos perfis de vinho, apostando na qualidade de potencial das nossas marcas. A viticultura insere-se nosso ADN, algo a que nós nos dedicamos de corpo e alma e que sempre foi o centro das nossas atenções.”

Em termos socioeconómicos, este projeto terá um grande impacto no concelho em que se insere. Sendo Cabração uma aldeia de baixa densidade populacional, irá potenciar a criação de postos de trabalho — a tempo inteiro e sazonais —, e gerar toda uma dinâmica em torno da atividade vitícola e à volta de negócios adjacentes o que permitirá dinamizar a economia local.

“Este projeto, de certa forma, vai trazer o foco para uma parte do concelho de Ponte de Lima que estava bastante esquecida. É um compromisso a longo prazo que temos com a Região, vamos estar aqui 30 anos e desenvolver postos de trabalho, dinamizar a economia local e a sustentabilidade da mesma.” salienta António Guedes.

Um dos eixos mais inovadores do projeto é a preservação da biodiversidade e a ocupação inteligente do espaço, arborizando o terreno adjacente à vinha com espécies autóctones e com espécies que fomentam a biodiversidade, que são mais resistentes ao fogo. Uma das preocupações fundamentais é ajudar na prevenção de incêndios florestais. O Vale de Cabração tem cerca de 2 mil hectares de área, com vários terrenos e matas pouco preservadas devido à baixa densidade populacional.  António Guedes, refere “neste local, o risco de incêndio é grande por isso o nosso projeto está estruturado para minimizá-lo. Se por um lado, o vasto comprimento da vinha irá formar uma barreira à progressão dos incêndios; por outro lado, vamos plantar à volta da vinha uma zona com árvores de folha caduca que, por si só, são tampões e representam com maior naturalidade aquilo que é a paisagem daquela região”.

O projeto de Cabração inova pela sua grande dimensão, pouco comum na região dos Vinhos Verdes, onde predominam vinhas com áreas médias de 1 hectare. Outra grande inovação é a tipologia de viticultura praticada pela Aveleda e o próprio local escolhido para a exploração. Pedro Barbosa, Diretor de Viticultura da empresa salienta “O local foi escolhido a dedo. É um local de excelência para a produção de vinhos de qualidade. A Serra D’Arga funciona como uma barreira protetora dos ventos marítimos ao mesmo tempo que beneficia da proximidade do Atlântico e de uma brisa marítima leve e constante. Esta vinha situa-se apenas a 19km do Oceano Atlântico. Os solos de xisto desta exploração também nos permitem ter uma maior diversidade de terroirs que trabalhamos, uma vez que cerca de 99% da Região tem solos baseados em granito ou aluviões.”

Líder de mercado na Região dos Vinhos Verdes, a Aveleda é um dos maiores produtores de vinho em Portugal e exporta anualmente mais de metade da sua produção para mais de 70 países em todo o mundo. Com este projeto inovador a marca pretende aumentar a sua capacidade de resposta às necessidades dos consumidores e afirmar a sua posição no mercado nacional e internacional.