Portugal opõe-se às castas de vinho de baixa qualidade

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Redação

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A resistência a doenças de determinadas castas não pode ser usada como argumento para reintroduzir castas que produzem vinhos de baixa qualidade. A tese é defendida pelo ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

 

A proposta partiu da Comissão Europeia e a ideia passa pelo lançamento no mercado de castas mais resistentes a doenças. Essa proposta não está a ser bem acolhida pelas autoridades portuguesas que invocam a baixa qualidade dos vinhos.

O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, não considera ser uma boa ideia. “Depois de tanto investimento na restruturação da vinha, nos últimos 20 anos, e que permitiu chegar a padrões de qualidade, abrir a possibilidade de haver outras castas completamente diferentes das nossas tradicionais poderia pôr em causa esse enorme esforço que colocou os vinhos portugueses e os europeus no ‘top’ mundial”, afirmou o ministro, em declarações à Agência Lusa.

A proposta da UE permitiria uma eventual redução do uso de pesticidas, pelo facto de se tratar de castas com uma capacidade de resistência maior a doenças.

Portugal junta-se assim à opinião de outros onze estados-membros, como França, Espanha e Itália, que no conjunto representam 90% da produção europeia de vinho.