WINE LOVERS: Lisboa e Tejo

Fotografia: Arquivo
Marc Barros

Marc Barros

São duas das maiores regiões nacionais em volume, mas Lisboa e Tejo são muito mais do que isso – representam diversidade de perfis de vinhos, uma grande variedade de terroirs e castas, mas também (e muito importante para o consumidor) de gamas de preços. São, por isso, abundantes as propostas de valor, em que a relação entre preço e qualidade determina as possibilidades de escolha.


1 – A diversidade é o denominador comum destas duas regiões. Outrora fortemente conotadas com a produção de grande volume, hoje em dia Lisboa e Tejo são berço de alguns dos melhores vinhos produzidos em Portugal, sempre com uma orientação de mercado invejável. 

2 – Assinala-se a presença de um vasto leque de castas autóctones nestas duas regiões, sendo que, ao nível dos brancos, podemos destacar as variedades Arinto em Bucelas, Malvasia de Colares, ou Fernão Pires, no Tejo. Nos tintos, esta diversidade é ainda superior, tornando mais difícil a seleção. Porém, sempre com a certeza de encontrar boas propostas a preços razoáveis.

3 – Algumas das melhores propostas que ambas as regiões têm para oferecer são os vinhos monovarietais. Com efeito, um grande número de produtores coloca regularmente no mercado vinhos de apenas uma casta, o que constitui uma grande oportunidade para conhecer um pouco mais das características e perfil sensorial de determinada casta (sobretudo o desempenho das variedades ditas internacionais em solos portugueses) e, por outro lado, o seu potencial na respetiva região. 

4 – No que respeita ao capítulo harmonizações, as possibilidades são quase infindas. Se, para os tintos, os pratos mais aconselháveis, no período de verão que está a chegar, podem passar pelos grelhados, incluindo carnes, peixes com alguma gordura, como a sardinha ou a cavala, ou até um polvo assado, no caso dos brancos e vinhos leves as propostas incluem quase obrigatoriamente os alimentos mais frescos do mar – mariscos e bivalves, peixes braseados ou mesmo saladas.

5 – Tratando-se de duas regiões que gozam, em simultâneo, da proximidade à capital, de grande beleza e, ao mesmo tempo, com novos e modernos projetos de enoturismo, é sempre boa ideia uma visita às suas adegas e vinhas.