Multiculturalidade no restaurante Salta

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

Redação

O Salta é o primeiro restaurante em Portugal a unir as cozinhas asiática e centro-americana com uma atitude leve e moderna, proporcionando ao cliente uma verdadeira “viagem” sem sair da capital portuguesa.


Quatro amigos e cidadãos do mundo - Tomaz Reis, Mo Lisbona, Pedro Lopes e Rafael Almeida –, e agora sócios, que contam com muitos anos na área da gastronomia e produção de eventos, decidiram juntar-se em Lisboa e criar um projeto que honrasse a multiculturalidade das suas histórias familiares e percursos. Uma mistura diferente e pioneira, que condiz com este conceito onde se retratam as diversificadas ascendências de toda a equipa e experiências em Nova Iorque, Sydney, São Paulo, Copenhaga, Barcelona, entre outros locais. Aliás, como o próprio nome indica: Salta é abreviatura de “Saltapatrás”, uma das novas classificações dos povos que surgiu do cruzamento dos colonos asiáticos com os nativos da América Central, aquando da Colonização Espanhola. 

A essência do conceito revela-se desde os ingredientes dos pratos aos elementos dos cocktails de autor, desenhados na íntegra para acompanhar na perfeição toda a experiência. Os ingredientes são cuidadosamente selecionados, e dá-se prioridade à sazonalidade e qualidade. O chef Tomaz Reis (um dos sócios), que alia ao talento a alargada experiência internacional em renomados restaurantes, vai construindo a carta consoante os produtos de estação, com especial interesse em mostrar combinações, variações e/ou ingredientes diferenciadores.

Pode começar-se, por exemplo, com nigiris de atum blue fin com um twist, tacos de peixe do dia com polme especialmente aerado inspirado na tempura japonesa e tortilhas caseiras, cremosos croquetes de perna de pato confitada, ou o tiradito de hamachi com jalapeño fermentado, planta gelo e yuzu. Dois dos ex-líbris são o bife de wagyu e as short ribs de vaca Black Angus australiano maturados durante 30 dias e, para finalizar, algo tropical como o pudim de manga com granita de lichia e pérolas de tapioca com leite de côco ou brownie de chocolate com miso, doce de leite e praliné de avelãs. É possível pedir-se à carta ou optar pelos menus de degustação “Experiência Salta” (42€/pax) ou “Experiência Salta+” (58€/pax); durante a semana, ao almoço, existe ainda a versão “menu executivo”, com a seleção de dois dos pratos do menu (20€ incluindo camotes fritos, uma bebida e café).

O projeto destaca-se também pela aposta nos vinhos naturais, sendo o primeiro restaurante em Lisboa a figurar na app de referência internacional Raisin de vinhos naturais, com uma variada lista de referências nacionais e internacionais. Os cocktails são outro ponto forte do conceito, criados ao pormenor para acompanhar os pratos e o espaço, e vários clássicos de excelência com destaque para a margarita e o mezcal sour. A carta de bebidas e destilados é particularmente rica, agrupando num só local bebidas de todo o mundo numa garrafeira que demorou três meses a compor. O Salta oferece também a possibilidade de organizar eventos privados, podendo-se reservar uma das salas e a esplanada por completo para jantares, reuniões, experiências e celebrações privadas e/ou mais intimistas.

Neste espaço contemporâneo e com iluminação intimista, vão-se descobrindo novos recantos e pormenores à medida que se atravessam as três salas que compõem o restaurante, unidas por uma temática contínua inspirada no “industrial-natural”. O espaço foi desenhado de forma a fundir uma atitude moderna e ao mesmo tempo acolhedora, e com máxima atenção ao detalhe, que se funde com a música ambiente detalhadamente escolhida e que passa no sistema de som de excelência e na esplanada interior.

Homenageando as diferentes origens, culturas e esta sensação cosmopolita, mas ao mesmo tempo orgânica, as paredes exibem variadas peças e quadros de diferentes autores (que mudam periodicamente), e onde é possível saber mais sobre cada artista e/ou adquirir as peças, tornando este espaço numa autêntica galeria de arte.