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Quando falamos em Colares existem duas castas que nos saltam à memória, Malvasia e Ramisco. Mas, neste caso, não é assim! Este projeto familiar, onde as vinhas se encontram à volta da casa onde reside a família Jardim Gonçalves, perfazendo 1 ha., chama-se Infinitude Vinhos, sendo que Rodrigo Jardim é a cara do projeto. Para o seu lado nesta aventura chamou Francisco Figueiredo, enólogo da região, para tentar criar um vinho único.
Situada no sopé da Serra de Sintra, numa pequena localidade antes de chegar a Colares, a propriedade tem o rio das Maçãs como vizinho, que acompanha parte do local. Predominam os solos argilo-calcários, conhecidos localmente como chão rijo, que lhe conferem características únicas para o estilo de vinhos da região.
Para arrancar com este projeto foram selecionadas duas variedades “estranhas” ao meio ambiente: Pinot Noir e Merlot. A escolha prendeu-se com dois motivos: por um lado, tanto o pai (o banqueiro Jardim Gonçalves) como a mãe apreciam mais os tintos. Por outro lado, depois de uma pesquisa histórica sobre a região, concluiu-se que já o rei Afonso III tinha mandado vir de França algumas castas daquele país.
As vinhas foram plantadas em 2000, sendo o primeiro vinho elaborado em 2010. Os vinhos produzidos são feitos a partir de lotes de vários anos. Mais recentemente, plantaram algumas vinhas de uva branca, onde se destacam as castas Riesling, Chardonnay e Malvasia, numa vinha com vista para o Palácio de Sintra.
Como forma de preservar a região e a sua identidade, adquiriram um terreno onde vão plantar Malvasia - em solos de areia, como manda a tradição. Estamos na presença de lotes de castas únicos no mundo, num terroir marcado pela salinidade do Atlântico e tempero da Serra de Sintra. Esperamos pacientemente pelo Malvasia!
O projeto de uma adega própria está também no horizonte – os vinhos Infinitude são atualmente feitos na Adega Regional de Colares pelo enólogo Francisco Figueiredo -, assim como a abertura da Quinta da Azenha para provas e visitas guiadas.
