
Beber
Espumantes de Vinho Verde, um mundo a descobrir
Já não é possível pensar em Vinho Verde sem espumantes.
Já não é possível pensar em Vinho Verde sem espumantes.
…onde Domingos Soares Franco foi pioneiro de uma arte milenar.
A Revista de Vinhos provou o novo Ornellaia 2019, um vinho com nervo italiano mas finura francesa
Entre Viseu e Tondela, na aldeia do Farminhão, um jovem casal de ascendência gaulesa adquiriu e fixou-se na Quinta da Roda da Quintã, onde produz os vinhos recentemente lançados sob a designação Vizinho Vinhateiro. Quem diria que, por trás destes vinhos, há um conceito que tem séculos de história, que nos remete para a Alsácia?
A visita da Revista de Vinhos à Quinta das Carvalhas tinha um propósito muito especial: provar todos os vinhos DOC topo de gama ali produzidos desde 2010, brancos e tintos. Uma prova magnífica no berço notável que lhes dá origem – a imponente Quinta das Carvalhas, defronte do Pinhão, onde éramos aguardados pelos três elementos essenciais deste projeto: o presidente da Real Companhia Velha, Pedro Silva Reis; o enólogo Jorge Moreira; e o máximo responsável pela viticultura, Álvaro Martinho.
A cerca de 30 minutos do Porto, na sub-região do Sousa dos Vinhos Verdes, entremeada pela Rota dos Vinhos Verdes e os caminhos do Românico, a Quinta de Lourosa, em Lousada, é uma das propriedades mais relevantes da região, não apenas pela beleza pictórica, mas também pelos pergaminhos históricos e pela ciência e inovação vitícola que aí se produzem.
A partir de um ano desafiante como foi 2018, a Quinta do Crasto conseguiu a proeza de obter os dois topos de gama. O Vinha da Ponte, em particular, é rocha pura, um vinho portentoso, distinto e fresco, um monumento que irá perdurar longos anos.
A Quinta da Várzea da Pedra fica no Bombarral, na região dos Vinhos de Lisboa. Trata-se de uma empresa familiar dirigida pelos irmãos Alberto e Tomás Emídio. A quinta foi iniciada pelo trisavô de ambos, tendo a casa sido construída nos anos 1920, já na geração do avô. As vinhas, essas, têm sido um dos sustentos da casa, a par de grandes pomares de pêra rocha.
Rodrigo Martins equacionou fazer do trompete vida profissional. Ainda compatibilizou Agronomia e música durante uma boa temporada, até que uma cadeira de Viticultura o despertou para o vinho. Fez mestrado em Enologia e desde então combina vinha e adega em tons melodiosos. É biológico por redenção, candidato a biodinâmico por convicção. Os vinhos pessoais, entre Óbidos e Alcobaça, mostram uma sinceridade e precisão difíceis de alcançar.
Estamos a 350 metros de altitude, sob um vento inclemente, e, do Moinho do Céu, onde termina a rua com o mesmo nome, vê-se toda a Arruda dos Vinhos e Sobral de Monte Agraço, mesmo ao lado. A norte, a Serra de Montejunto. A nascente, o rio Tejo.
Até aos vinte e tal anos, Daniel Afonso não bebia vinho. Ganhou-lhe o gosto e deixou-se arrastar e encantar para este mundo. O gosto pelo vinho, levou-o a abrir dois wine bar em Lisboa. Bem-sucedido nessa aventura, e estava á vista o próximo passo: fazer o seu vinho. O oceano numa garrafa.
Nasceu em 2016, tem uma fábrica que impressiona pela dimensão e uma cerveja artesanal difícil de não gostar. A Xarlie, marca de cerveja de Leiria, está pronta para conquistar mercados internos e externos e até procura uma ligação com o mundo do vinho.