A vindima de 2020 foi atípica: curta, silenciosa e menos generosa em termos de quantidade. As uvas que resistiram aos contratempos, por seu lado, resultaram em quatro vinhos “de qualidade excecional”. 2020 é oficialmente ano Vintage clássico para a Kopke, a Burmester, a Cálem e a Barros.
A vindima deste ano ficou marcada pela influência das alterações climáticas e pelo seu efeito no ciclo vegetativo. Segundo a empresa, nos primeiros meses do ano, "as chuvas brindaram o Douro com uma natural reposição da água no solo, o que favoreceu o bom desenvolvimento da videira". No entanto, de maio a setembro, "o tempo foi seco e muito quente, o que espoletou algum escaldão nas vinhas e, como consequência, uma quebra de produção". Para além disto, "o final do mês de agosto trouxe chuva, o que veio acelerar as maturações e, por consequência, a vindima".
A quebra na produção deve-se assim às elevadas temperaturas e também devido à incidência de doenças como o míldio. Por tudo isto, a vindima foi curta e célere.
As uvas que resistiram aos contratempos revelaram uma maturação muito regular, uma excelente relação de película/polpa e um teor de açúcar elevado o que permitiu fermentações mais longas, onde foi possível uma excelente extração da matéria corante e dos taninos. “A vindima de 2020 ficou marcada por uma série de adversidades que fizeram deste um dos anos mais desafiantes da minha carreira. Precoce e curta, esta foi uma vindima que superou todas as expectativas e a partir da qual acreditamos foi possível produzir vinhos de excelente qualidade”, revela Carlos Alves, enólogo da Sogevinus. “Diria que estamos perante um dos melhores anos para vinho do Porto Vintage, onde os vinhos apresentam aromas muito frescos e limpos, com uma concentração de cor tremenda e com um tanino muito refinado, o que confere muita elegância. Já na vindima, os aromas a fruta madura eram muito limpos e mantiveram-se assim durante este período de envelhecimento até decidirmos engarrafá-los com Vintage Clássicos devido à sua qualidade excecional”, completa.
Composto por Touriga Nacional e Vinhas Velhas, o Kopke Vintage 2020 é um vinho fresco, balsâmico e intenso e apresenta um tom opaco com laivos violeta. No nariz, este vintage apresenta aromas de chocolate negro, pimenta branca, flor de laranjeira, frutas de baga negra como amora e mirtilo, bem como apontamentos cítricos e de menta. Na boca, é complexo e duradouro, apresenta um equilíbrio perfeito entre doçura e acidez.
Já o Burmester Vintage 2020, composto por Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Alicante Bouschet, é um vinho elegante, harmonioso e perfumado. Exibe uma cor violeta profunda. Com um aroma floral, em que sobressaem as pétalas de rosa e esteva, combina também notas de frutos vermelhos, pimenta branca e cassis. Na boca, é equilibrado com uma frescura ácida, que faz recordar fruta fresca.
Por sua vez, o Cálem Vintage 2020, constituído pelas castas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Sousão, exibe uma junção de cores opacas entre o rubi e a púrpura. No nariz, chegam-nos aromas de ameixa preta, sensação de folhas secas e apontamentos de gengibre. Na boca, é muito denso e repleto de corpo.
Também composto pelas castas Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz e Sousão, o Barros Vintage 2020 tem um tom retinto escuro e um aroma floral intenso a flor de laranjeira, flores brancas, mas também a fruta vermelha e a eucalipto. Este vinho tem um excelente volume, revelando-se intenso, fresco e mineral, o que lhe confere uma elegância marcante.
A partir de setembro, serão comercializadas:
• Kopke Vintage 2020 (0,75l) - 6875 garrafas – PVP 60€
• Kopke Vintage 2020 (1,5l) - 490 garrafas – PVP 130€
• Barros Vintage 2020 (0,75l) - 5095 garrafas - PVP 45€
• Burmester Vintage 2020 (0,75l) - 6895 garrafas - PVP 55€
• Burmester Vintage 2020 (1,5l) - 50 garrafas - PVP 120€
• Cálem Vintage 2020 (0,75l) - 5230 garrafas - PVP 50€
