Apresentação do Concurso ''Cidades do Vinho"

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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O concurso irá decorrer em Lagoa, de 26 a 29 de novembro, e neste momento já está a receber inscrições. Das principais características diferenciadoras do concurso, destacam-se a promoção conjunta dos vinhos e dos territórios, a inscrição que será válida também para o Concurso Internacional  Città del Vino (Itália, maio 2021) e a participação dos vinhos mais pontudos de cada região vitivinícola na primeira edição da Prova Nacional de Vinhos (Anadia, maio de 2021).


As particularidades únicas do Concurso Cidades do Vinho, o trabalho inovador da AMPV (Associação de Municípios Portugueses do Vinho) e da ARVP (Associação das Rotas dos Vinhos de Portugal) e o seu espírito de iniciativa na atual conjuntura foram aspetos que, de forma unânime, foram realçados pelos oradores convidados da sessão de apresentação deste concurso, que decorreu no dia 25 de setembro, no auditório da Casa das Histórias - Paula Rego, em Cascais.

Foram estas particularidades que terão contribuído para que o Presidente da República atribuísse o seu Alto Patrocínio a esta iniciativa, bem como o Ministério da Agricultura lhe concedesse o seu apoio institucional, sendo parceiro do Concurso.

Nuno Russo, Secretário de Estado da Agricultura, congratulou-se com a realização deste concurso e destacou a singularidade da participação conjunta de municípios e produtores, assim como o trabalho da AMPV e ARVP na promoção e divulgação dos vinhos nacionais e das várias regiões de Portugal, ligadas à produção de vinhos qualidade e ao que de melhor se produz no território. 

"Os concursos são sempre momentos de valorização das nossas Denominações de Origem e das Indicações Geográficas, pelo que é essencial a certificação dos nossos vinhos para garantirmos a preservação da sua origem, da sua qualidade, mas também a promoção da nossa excelência e divulgação do nosso valor", defendeu o Secretário de Estado, acrescentando que "este concurso em particular permite a defesa e a divulgação da identidade dos territórios e da sua relação com a cultura do vinho, possibilitando uma ocasião de promoção dos municípios".

Nuno Russo constatou ainda que nestes tempos de pandemia, a agricultura não parou e as exportações também não. "Acreditamos na resiliência do setor", afirmou, acrescentando que "em boa hora o Presidente da República se juntou a nós e a vós neste concurso, com a sua chancela de Alto Patrocínio, o que é um estímulo ainda maior que temos de juntar ao excelente comportamento do setor. Temos de, com iniciativas como esta, ser capazes de promover a excelência dos nossos produtos, a capacidade de produzir e de criar valor acrescentado". 

O Concurso Cidades do Vinho está inserido no Concurso Internacional que há 18 anos é promovido pela associação italiana Città del Vino, e "é único no mundo por unir os municípios e os produtores, ou seja, por promover simultaneamente os vinhos e os territórios", começou por destacar José Arruda, secretário-geral da AMPV. José Arruda lembrou a grande representatividade e sucesso que os vinhos portugueses têm alcançado neste concurso internacional e adiantou que a expectativa da organização é um aumento substancial do número de vinhos inscritos.

José Arruda agradeceu a todos os que aceitaram fazer parte das comissões deste concurso, nomeadamente os 90 presidentes de Câmara - a totalidade dos municípios associados -, uma vez que "o sucesso deste concurso só é possível com o envolvimento dos municípios". 

Enquanto anfitrião do concurso, Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa, reconheceu que a realização desta iniciativa "é uma oportunidade para o Algarve e uma chamada de atenção para os vinhos algarvios", até porque "os vinhos mais a sul estão cada vez melhores". 

Prova de que o setor no Algarve, e em particular Lagoa, está no bom caminho é o facto de que em 2016 - ano em que Lagoa deteve o galardão de Cidade do Vinho - existiam três produtores no concelho e hoje, quatro anos depois, esse número triplicou. O enoturismo algarvio também tem dado provas da sua vitalidade e Luís Encarnação acredita que essa área poderá dar "um enorme contributo para mitigar as consequências da sazonalidade" tão presentes numa região como o Algarve.