Estudo sobre reservas online da restauração

Novo perfil de utilizador

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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O TheFork realizou um estudo* com o objetivo de comparar o perfil do utilizador atual com o do utilizador pré-pandemia. Os resultados mostram igualmente diferenças e semelhanças, mas sobretudo uma clara capacidade de adaptação a uma nova realidade e às limitações impostas, que afetaram especialmente o setor da restauração. Com a chegada da COVID-19, viveu-se um processo de digitalização acelerado que se alargou posteriormente à necessidade de reservar restaurantes, o que se traduziu num aumento de 16% no número de reservas online face a 2019. 


De facto, 40% dos consumidores afirma que reserva mais online nos dias de hoje do que antes da pandemia. Um comportamento que disparou este verão, em que as reservas online na restauração cresceram 36% em comparação com o verão de 2020, refletindo-se especialmente nas reservas online feitas através do telemóvel, com cerca de 78% das reservas no TheFork efetuadas a partir de dispositivos móveis.  

Um outro comportamento que espelha a antecipação verificada, já que um dos principais motivos da reserva é garantir uma mesa devido às restrições, é a antecedência com que se reserva, onde se notou um aumento de 14% (+1h) vs. o mesmo período pré-pandemia, e que deixa clara a preocupação com a obtenção de mesa no restaurante desejado. Neste sentido, o número de clientes por reserva também foi afetado, situando-se em 2,83 pessoas (vs. 3,17 pessoas em 2019). Apesar das medidas terem sido canceladas nesta última semana, o número de pessoas por reserva ainda não reflete esta ausência de restrições, especialmente nos grupos de 6 ou mais pessoas, que atualmente representam 6% das reservas frente aos 10% antes da pandemia. 

A pandemia ensinou, também, os portugueses a serem mais flexíveis face aos horários, um facto que se reflete nas preferências dos clientes e que, segundo o estudo, trouxe maior abertura para jantares mais cedo. Atualmente, a preferência pelo horário das 20h passou de 33% para 36%, baixando a procura das 21h devido às fortes medidas restritivas. Ainda acompanhando os novos hábitos, verifica-se que as refeições em restaurantes durante a semana ganharam mais destaque em relação ao fim-de-semana: o sábado já não é o dia mais procurado, mas sim a sexta-feira. Contudo, estes dois dias perderam peso na preferência dos portugueses ao compararem-se os dados com os dos dias de semana, que tinham uma procura de 30% e mostram nos dias de hoje valores que rondam os 50%.

O maior aliado no cenário pandémico foram, sem dúvida, as esplanadas, que se transformaram na maior tendência de pesquisas no motor de pesquisa Google, e que continuam tendência mesmo após o alívio das restrições. Nos últimos meses, 40% das reservas totais realizadas por utilizadores TheFork via online foram em restaurantes com esplanadas, consolidando-se como a seleção preferida mesmo depois do verão. 

Quanto ao tipo de restaurantes, os preferidos continuam a ser os de cozinha Portuguesa e Mediterrânea. Para além destes filtros, há uma forte conversão nos restaurantes que apresentam a informação sobre a COVID-19 atualizada. 

Finalmente, este estudo revela algumas semelhanças e fatores que prevalecem no cenário pós-pandemia, e que correspondem também ao novo perfil social. O ticket médio do cliente não sofreu alterações, mantendo-se nos 22€ por pessoa, refletindo um consumidor pós-COVID-19 consciente dos seus gastos.

*Dados internos do TheFork: outubro de 2021, Portugal.