O verão de 2025, um dos mais devastadores em termos de incêndios florestais em Portugal, ditou o fim da vinha centenária localizada na Mêda, no Douro Superior, que dava origem ao Permitido Branco de Centenária, produzido pelo grupo Márcio Lopes Winemaker. Apesar dos esforços, a perda é irreversível.
A colheita de 2022 já está a chegar ao mercado, antecedendo as derradeiras colheitas de 2023 e 2024, todas em número limitado de garrafas.Este vinho é criado a partir de 15 castas de vinhas plantadas a 800 metros de altitude, em solo puramente granítico, no final do século XIX.
“É uma notícia muito triste. O Permitido Branco de Centenária foi um vinho extraordinariamente bem recebido pela crítica. Apesar da perda, compensamos o viticultor face à longa ligação que mantém com o nosso projeto, respeitando o nosso compromisso de fairtrade. Já estamos a trabalhar na recuperação, permanecendo vivas as memórias deste vinho e, com elas, a certeza de que iremos escrever novas histórias”, salienta Márcio Lopes.
Apesar desta perda, o verão de 2025 trouxe “importantes reconhecimentos”, com vários vinhos a receberem altas pontuações da crítica internacional. Entre os destaques estão os 95 pontos atribuídos ao Pequenos Rebentos Vinhas Velhas 2023, considerado o Loureiro mais bem classificado de sempre por James Suckling, e os 95 pontos ao Viagem ao Princípio do Mundo 2021, um 100% Alvarinho de apenas 1000 garrafas.