A Férin, fundada em 1840, foi a Encadernadora Oficial da Casa Real, a mando de D. Pedro V. A grande variedade de livros estrangeiros e sobre heráldica, genealogia, investigação histórica e história militar, roteiros de viagens e edições nacionais e estrangeiras de arte tornaram-na numa espécie de polo cultural, frequentada por personalidades como Eça de Queiroz e Fernando Pessoa. Fechou as portas no final de 2023, sem que ninguém do mesmo ramo a quisesse retomar.
A Vida Portuguesa alugou o espaço para poder reabrir no Chiado, após o futuro encerramento na loja da rua Anchieta, comprometendo-se a devolver à cidade “uma loja antiga preservada e recuperada até aos últimos detalhes”. Em comunicado, acrescenta que “a bem da nossa memória “, foi decidido que “a secção de livraria ficará logo à entrada, numa nova loja que será bem maior que a anterior”.
A Vida Portuguesa nasceu de uma investigação da jornalista Catarina Portas sobre produtos antigos portugueses. A vontade de os redescobrir ajuda a garantir a sobrevivência das fábricas e das marcas ao longo do tempo, num conceito que celebra e mantém viva a tradição portuguesa. Já foram feiras várias parcerias e até a criação de produtos exclusivos com nomes bem conhecidos como sabonetes Ach. Brito e Confiança, andorinhas Bordalo Pinheiro, lápis Viarco e cadernos Emílio Braga e Serrote.
