Prats & Symington adquire 12 hectares da Quinta da Gricha

Fotografia: Arquivo

Negócio entre produtor do Chryseia e Churchill faz antever aumento de produção dos vinhos desenhados pelos Symington e Bruno Prats.

 

Aquando do lançamento da edição de 2020 do Chryseia, Rupert Symington, CEO da Symington Family Estates, já o havia referido: “Não é segredo que, com os rendimentos a cair ao ritmo dos últimos cinco anos, já não temos vinhas suficientes nas nossas quintas para abastecer as marcas Prats&Symington. Para o Chryseia as vinhas já estão com 25 anos, as novas plantações também vão entrar em breve, por enquanto não precisamos de mais vinhas. Mas, a Prats & Symington terá certamente que pensar em adquirir mais vinhas”, admitia.
Pois bem, a Revista de Vinhos apurou que a Prats & Symington, empresa que reúne ambas as famílias na produção dos vinhos Chryseia, adquiriu à Churchill Graham nas últimas semanas cerca de 12 hectares de vinha velha da Quinta de Gricha, contíguos à Quinta de Roriz.
Desta forma, será possível aumentar a produção dos vinhos Chryseia (cuja produção média ronda 35.000 garrafas, sendo que, segundo Rupert, seria desejável atingir as 48.000).
É no Cima Corgo que se situam as três propriedades de onde saem hoje as uvas que dão origem aos vinhos Prats&Symington, a parceria criada em 1999 entre a família duriense e o enólogo bordalês. São elas a Quinta de Roriz e a vizinha Quinta da Perdiz, no concelho de São João da Pesqueira, bem como a Quinta da Vila Velha, em Ervedosa, propriedade pertencente a Rupert e James Symington, que entra com cerca de 10% das uvas deste lote. A primeira, localizada na margem esquerda do Douro e com exposição norte, possui 42 hectares de vinha, instalada entre 94 e 231 metros. A segunda, no vale do rio Torto, conta cerca de 23 hectares de vinhas, orientadas sobretudo a sul e oeste. Em ambas predominam as variedades Touriga Nacional e Touriga Franca, que constituem o lote clássico do Chryseia.

 

texto José João Santos e Marc Barros