Ruinart dá “carta branca” a seis artistas

Nova edição do projeto foi apresentada no ARCOlisboa 2024

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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De 23 a 26 de maio, a ARCOlisboa 2024 transformou a capital portuguesa num ponto de encontro de colecionadores, galeristas, artistas e profissionais de todo o mundo. 

Nesta feira de arte contemporânea estiveram presentes 84 galerias, oriundas de 15 países, que atraíram cerca de 13.000 visitantes. A marca de champanhe Ruinart esteve entre os expositores e aproveitou a ocasião para lançar o projeto Carte Blanche 2024, uma iniciativa que dá “carta branca” a artistas contemporâneos para representarem a Maison e o legado.

Embora a ligação entre o champanhe e a arte não seja óbvia ou direta, no caso da Ruinart é como um apêndice que se formou há, pelo menos, 120 anos. A primeira colaboração artística aconteceu “com uma obra icónica comissionada ao artista Alfons Mucha, em 1896, obra essa que foi o primeiro anúncio de Champagne e se tornou um símbolo de Art Noveau”, como explicou Inês Machado, diretora de marketing e comunicação Empor Spirits & representante da Maison Ruinart em Portugal, à Revista de Vinhos. “A Ruinart é apaixonada por arte”, acrescenta.

A identidade visual da Maison “traz as linhas orgânicas aliadas a materiais essenciais que a natureza nos fornece na sua simplicidade elegante”.

O projeto Carte Blanche materializa o compromisso da Ruinart em garantir a “sustentabilidade dos ingredientes naturais para as gerações vindouras”. A Maison considera que a arte permite aumentar a consciencialização da sociedade e, por isso, tem colaborado com uma variedade de artistas para “reinterpretar o mundo, sensibilizar o público para as questões climáticas e transmitir uma arte de viver mais consciente”.

Este ano, o “Carte Blanche, Conversations with Nature” selecionou seis artistas com uma “forte ligação à natureza”, cada um com uma visão própria e diferente sobre o tópico.

Andrea Bowers combina arte e ativismo, Thijs Biersteker baseia-se em dados científicos, Marcus Coates cria novas relações com um mundo “mais que humano”, Pascale Marthine Tayou traz a beleza de onde menos se espera, Henrique Oliveira representa plantas e outros elementos orgânicos através da escultura e Tomoko Sauvage é apaixonada por bolhas – desde o momento em que se formam até à aparência transparente.

O compromisso da Ruinart com a preservação da natureza tem “raízes históricas”. Desde o início dos anos 2000 que tem investido em viticultura sustentável, “reduzindo para metade o uso de produtos químicos (fertilizantes e produtos fitossanitários) e tornou-se livre de herbicidas no ano passado”. A redução da pegada carbónica também é outra das preocupações, recorrendo a energias renováveis e a uma política de eco-design que usa um “estojo disruptivo feito 99% de papel e completamente reciclável, nove vezes mais leve que o antecessor e que permitiu reduzir em 60% a pegada carbónica”.