Terras de Mogadouro junta-se à Vinalda

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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A Vinalda amplia o seu portefólio com os vinhos Terras de Mogadouro, produzidos pela Wine Indigenus, na subregião do Planalto Mirandês, em Trás-os-Montes.

 

Wine Indigenus é um projeto vitivinícola que, como o próprio nome indica, do latim indígena, tem origem em Terras de Mogadouro, nome outorgado ao primeiro vinho que daqui nasceu. O Diretor-Geral da Vinalda, José Espírito Santo, afirma que “este é mais um projeto de vinhos autênticos que se junta à Vinalda. Vinhos de altitude, com caráter, moldados pelas condições austeras desta região, que cada vez mais demonstra o seu enorme potencial”.

O pioneiro deste projeto é Cristiano Pires que, com incentivo do pai Manuel Pires, alavancou este projeto familiar. A este projeto juntou-se Rute Gonçalves que, embora nascida em Lisboa, tem aqui as suas raízes familiares. Inicialmente enfermeira de profissão, no Reino Unido, agora formada enóloga do projeto, dirige a enologia, orientada pela consultoria do enólogo Francisco Gonçalves.

“Esta parceria com a Vinalda evidencia o potencial de crescimento do Terras de Mogadouro. Mais um grande salto neste projeto que acredito que seja uma grande oportunidade de expansão”, considera Cristiano Pires enquanto a enóloga residente salienta que “é um ponto de viragem. É o fio condutor que faltava conectar para estarmos ligados aos atuais e modernos consumidores, que procuram vinhos únicos e diferenciados. Tudo o que temos é a nossa autenticidade engarrafada, e está pronta a ser descoberta!”

Foi a ligação dos dois jovens às suas origens que impulsionou a vontade de reproduzirem num vinho a essência da própria terra, através da plantação de uma diversidade de castas autóctones, e também estrangeiras, que hoje em dia compõem os 50 ha de vinha que produzem o vinho Terras de Mogadouro. 

As castas têm demonstrado uma boa adaptação aos 800 metros de altitude, aos solos graníticos com manchas de xisto e ao mesoclima único, típico da subregião, que tem grandes amplitudes térmicas, com pluviosidade quase nula durante a fase ativa do ciclo vegetativo da videira, que inibe o aparecimento de doenças criptogâmicas e que por isso, permitem uma viticultura praticamente biológica.