Vinho de Talha entra no Inventário do Património Cultural

Objetivo final é apresentar candidatura à UNESCO

Fotografia: Fotos D.R.
Redação

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Técnica milenar de produção de vinho, típica do Alentejo mas também de outras regiões, entra no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. Objetivo final é apresentar candidatura à UNESCO para Património Cultural Imaterial da Humanidade.

 

Vem do tempo dos romanos e tem reconquistado nos últimos anos um lugar de destaque, a par com vinhos de intervenção mínima ou vinhos naturais. Nos últimos dias ganhou uma importância acrescida. A Direção Geral do Património Cultural aprovou a inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI) da produção de vinho de Talha.

Trata-se de um processo que é "sobretudo levado a cabo pelos homens e que tem resistido com base na transmissão oral, num saber-fazer experimentado, na partilha do conhecimento de geração em geração, em respeito por tradições antigas", refere o organismo público em comunicado, citado pela Lusa.

A vinificação em talha continu a acontecer nos concelhos de Aljustrel, Beja, Campo Maior, Cuba, Elvas, Estremoz, Marvão, Mora, Moura, Serpa e Vidigueira, com 134 produtores identificados. Precisamente o município da Vidigueira foi quem propôs a inscrição desta prática cultural no INPCI, com apoio técnico da Direção Regional d Cultura do Alentejo, no âmbito de um protocolo assinado com um conjunto alargado de entidades e municípios da região.

O Município da Vidigueira tem contribuído para a investigação e conhecimento deste tipo de vinificação e esse trabalho pode ser consultado na plataforma do INPCI.