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O que é um vinho de talha?

Tal como na gastronomia, também no vinho a tendência é simplificar. As adegas tecnologicamente avançadas e de arquitetura de autor continuam a ter interesse, mas os mais curiosos por vinho estão de olho em tudo o que seja ovos, cimento e barro. Ora, vamos por aí, pelo barro.

Opinião

Vinhos de talha

Nos últimos anos verificou-se um interesse crescente nos vinhos feitos em barro. E Portugal é um dos dois países onde existe uma herança substancial de produção de vinho na talha, juntamente com a Geórgia e os vinhos qvevri.

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Mestre Daniel: Museu Vivo

As talhas e os instrumentos de trabalho do passado estão por todo o lado, como num museu interativo. Num canto estão cartazes com informações preciosas de Vila Alva, das adegas do passado, das origens das talhas, dos costumes e tradições. Num deles lê-se como o Mestre Daniel fazia os seus vinhos de talha, a simplicidade que os seus descendentes e o enólogo Ricardo almejam hoje

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Talha, onde tudo começou

Os qvevris, ou talhas de terracota, surgiram na Geórgia no VI milénio a.C.. No monte Khrami foi encontrado um qvevri datado deste período, orgulhosamente decorado com cachos de uva em relevo. Muitos modelos deste período foram encontrados do leste ao oeste da Geórgia, variantes na cor, na manufatura e na decoração, ainda que mais largos na base, mais gordos na cintura e relativamente mais baixos, com até 1,5 m. de altura. A partir da Idade do Cobre, no III milénio a.C., os qvevris passaram a ostentar a base mais pontiaguda, sugerindo que passaram a ser enterrados desde então.