“O vinho tem rolha!”. Será que se isso deve aos pedacinhos, partículas de rolha que surgem no vinho, visíveis na superfície do vinho?
Sem dúvida que nesse caso o vinho contém realmente rolha, os tais pedacinhos de rolha. Mas não significa que o “vinho tem rolha!”. Esse termo diz respeito a odores como cartão molhado, bolor, livros velhos, que passam de uma rolha de cortiça com alguns defeitos aromáticos e que, por sua vez, se transferem para o vinho. Os pedacinhos da rolha de cortiça no vinho são inofensivos. Significam somente que ao inserir a espiral do saca-rolhas se trespassou o “espelho”, a parte inferior da rolha, e que por essa razão se precipitaram para o vinho essas partículas. Se isso acontecer veremos de imediato no primeiro copo servido.
Para minimizar podemos usar um coador ou filtro para reter essas partículas. Existem já disponíveis filtros acoplados a funis próprios para o vinho, que resolvem esse contratempo. Dica: os vinhos mais ambiciosos têm rolha mais longa que os mais simples. Por essa razão, menor a probabilidade de se perfurar a parte inferior da rolha. Também nas garrafas de formato Borgonha, se tiverem o gargalo mais curto, a rolha deverá ser igualmente mais curta, pelo que a precaução ao inserir o saca-rolhas deverá ser maior.