Croft, os primeiros 430 anos

Fotografia: Ricardo Garrido

É comum encontrar casas de Vinho do Porto com séculos de história, empresas que mantêm a atividade desde a fundação. Mas o que é único é estar perante uma empresa com 430 anos. Como a Thompson. Perdão, a Croft.

 

A magia da carga histórica que envolve o Vinho do Porto é única. Foi construída e consolidada a partir de gerações que se traduzem numa permanência e consistência difíceis de encontrar em outras atividades humanas. É, assim, comum encontrar casas de Vinho do Porto com séculos de história, empresas que mantêm a atividade desde a fundação. Mas o que é único é estar perante uma empresa com 430 anos. 

A Croft, que integra a The Fladgate Partnership, juntamente com a Taylor’s, a Fonseca e, mais recentemente, a Krohn, comemora este ano precisamente o seu 430º aniversário, tendo sido criada em 1588 - é a mais antiga empresa em atividade no setor do Vinho do Porto. Originalmente, o nome comercial era Thompson, criado em York, um dos principais centros de comércio de Inglaterra. Henry Thompson foi admitido na Merchants Company of York e começou um próspero negócio de vinhos. Em meados do séc. XVII já tinha caves em Bordéus e negociava noutros produtos, aproveitando o transporte por mar. Foi a partir de trocas comerciais de tecidos com Portugal que chega ao Vinho do Porto e, em 1654, a família Thompson sai de França e fixa-se definitivamente em Portugal (que era um país aliado de Inglaterra, ao contrário de França). Nessa altura, a empresa tinha à frente Richard Thompson e é transformada numa empresa de Vinho do Porto.
Em 1681, o nome Croft, família também ela de York e com membros na Merchants Company, surge associado aos Thompson pelo casamento, já que uma Thompson, Frances, casa com um Croft, Thomas. Mas, só em 1736, surge o primeiro Croft na empresa, na sequência de vários outros sócios até essa altura.

A família Croft tem o seu nome inscrito na eternidade do Vinho do Porto e a história do vinho e da região tem vários capítulos que passam por este nome. Em 1788, John Croft II escreveu um livro sobre vinho português, com particular e inovador detalhe no Vinho do Porto. E não resisto a transcrever uma pequena parte do incrivelmente extenso título do livro, “Ligação do Vinho a Luxo e Comida” (!). Depois, surge o terceiro John, sobrinho do segundo, que é sócio entre 1777 e o virar do século. O seu nome está associado ao aparecimento do Porto Vintage, visto ter sido ele a iniciar a tendência de assinalar o ano nos vinhos que vende. A empresa guarda o livro de registos de exportações, no qual se pode ver o primeiro Vinho do Porto com ano de colheita, 1781 (acredita-se que, na altura, os vinhos ainda não eram fortificados, pelo que a definição de “vintage” refere-se ao ano de colheita e não ao estilo mais tarde instituído).

Depois, John Croft IV, filho de John III e mais conhecido como Jack, além de cientista reconhecido e de ter tido um papel de espião ao serviço de Inglaterra durante as campanhas napoleónicas, é ainda hoje lembrado pela importante tarefa que desempenhou na ajuda às populações após as invasões francesas. A pedido do Duque de Wellington, Jack organizou a distribuição de um fundo criado pelo governo britânico, chamado exatamente “The Distribution”. Essa ajuda tinha por objetivo chegar ao interior de Portugal e, para tal, Jack percorreu mais de 5000 milhas a cavalo durante quase um ano. Como reconhecimento, a coroa inglesa premiou-o com um baronato, pelo que passou a “Sir”. Em Portugal, obteve o título de Barão da Serra da Estrela.
Na “timeline” da história da Croft, o final do século XIX não tem nomes tão fascinantes como as épocas anteriores. Primeiro, porque Jack se afastou e foi para Inglaterra. Depois, porque o seu filho não demonstrava particular interesse em investimentos no negócio. Surge, entretanto, uma fonte de rendimento diferente através da Gilbey’s, uma empresa de Londres que desenvolvera um vinho com alegadas “propriedades tónicas e revigorantes” a que chamou Gilbey’s Invalid Port. A Croft fornecia o vinho para esta marca e o sucesso foi tão grande que, em 1892, a Gilbey’s compra 50% da Croft. A produção deste tipo de vinho cresceu muito graças a exportações para outros países e, em muitos deles, era rotulado como Croft’s Invalid Port, já que a força comercial da casa de Vinho do Porto era muito maior que a da desconhecida Gilbey’s.

Recuando um pouco até à segunda metade do séc. XIX, os Vintage da Croft começaram a ter especial destaque, iniciando uma história de prestígio associada a esta categoria tão especial de Vinho do Porto, que dura até aos nossos dias. Para toda essa aura contribuiu a Quinta da Roêda, que foi comprada em 1889. Já na altura era tida por muitos como a quinta com melhores vinhas e por esse motivo apelidada de “joia”. Diz-nos Adrian Bridge, CEO do grupo, citando um poeta oitocentista, Veiga Cabral, “se a região duriense fosse o anel d’ouro de Portugal, a Quinta da Roêda seria o diamante n’este anel”. A quinta tem, atualmente, 75 ha de vinha, dos quais 12 são vinhas velhas, onde se encontra a primeira vinha plantada após a Filoxera.

Já no séc. XX, com a morte de John Frederick Crof (filho de Jack), a Gilbey’s compra a sua quota aos herdeiros e passa a deter a totalidade da histórica casa de Vinho do Porto. A ligação à família Croft é mantida, com um dos filhos de John Frederick a manter-se como diretor da empresa em Londres.

Se com a Primeira Guerra Mundial o negócio diminuiu, o período entre guerras foi próspero, com o Invalid Port a aumentar exponencialmente as exportações e a produção de Vintage a ter um novo fôlego. Em toda a história do Vinho do Porto, 1945 é tido como um dos anos Vintage mais icónicos e há um consenso relativamente ao Croft como um dos mais extraordinários desse ano.
Depois da Segunda Guerra Mundial a venda de Invalid Port foi proibida em Inglaterra e a empresa diversificou a sua produção e interesses noutras áreas, muito pela mão de Robin Reid, o director que marcou a Croft pela sua energia e criatividade entre 1962 e 1990. Quem não se lembra do Brandy Croft?

Nessa década final do séc. XX, a Croft, juntamente com a Gilbey’s, foi comprada pelo grupo internacional de comércio de bebidas IDV (Diageo) e, já em 2001, é comprada pela Taylor Fonseca. Nessa altura, surgiu a necessidade de repensar a Quinta da Roêda. Toda a riqueza do património ampelográfico das vinhas foi preservada, com os magníficos patamares mantidos e as práticas de vinificação em lagar retomadas. Com o séc. XXI, os Vintage Croft recuperam o seu carácter e vêm uma história de mais de 400 anos ganhar nova vida.

Mas uma outra página da história do Vinho do Porto havia, ainda, de ser escrita pela Croft. Com a criatividade de Adrian Bridge, CEO, e de David Guimaraens, enólogo, surge em 2008 um novo estilo de Vinho do Porto, o Rosé, com o Croft Pink. Além do pioneirismo no estilo, este vinho vem antecipar a tendência dos cocktails que, hoje em dia, já não é novidade, ao mesmo tempo que provoca reacções de perplexidade entre os mais conservadores (e o sector do Vinho do Porto é, por natureza, um universo conservador). David Guimaraens diz-nos que houve quem lhe perguntasse como era possível o responsável de grandes Vintage, feitos da forma mais tradicional, ser, ao mesmo tempo, a assinatura do Croft Pink… Mas é isso que, para David, define o Vinho do Porto, tradição e inovação. E é assim que, tanto ele, como Adrian Bridge, vêm o futuro da Croft. Porque só passaram, ainda, os primeiros 430 anos.

Apontamentos de uma prova inesquecível

As comemorações do 430º aniversário da Croft foram pensadas ao detalhe. A Feitoria Inglesa, no Porto, foi o local escolhido e, no salão de baile, ouvia-se música de câmara, ibérica, do séc. XVI, enquanto noutra sala eram servidos cocktails com Croft Pink. Se a música representava o contexto em que nasceu a Croft, os cocktails pretendiam comunicar a vanguarda da empresa, com a criação deste novo estilo de Vinho do Porto há precisamente 10 anos.

A atmosfera da Feitoria Inglesa foi fundamental para o tom da comemoração, à qual não faltou a indispensável visita à biblioteca à chegada dos convidados. Aí foi apresentado o Ruby Reserva “Croft 430th Anniversary Celebration Edition”, ao mesmo tempo que era exibido o livro original do séc. XVIII onde se podem ler as anotações relativas ao primeiro Vinho do Porto com data de colheita, ou como acabou por ficar conhecido, o primeiro Vintage de que há registo. Depois, estava preparada uma prova única e emocionante, uma vertical de Croft Vintage de 1945 a 2016, sendo assim apresentada à imprensa a mais recente declaração.
A prova, dividida em três “flights”, foi uma lição de história, com David Guimaraens a fazer o paralelismo entre o que descobríamos nos copos e o que aconteceu, ao longo desses períodos, na Quinta da Roêda e na empresa.

Começámos com o 1945 perante o qual ficamos na dúvida se devemos abusar nos adjetivos ou se devemos seguir a máxima “less is more” (Mies van der Rohe), tal a sua dimensão, equilíbrio e juventude. A sua cor bata-se com vinhos com menos 25 anos e a sua doçura aparece na proporção certa, como a regra de ouro. Um vinho incrível, de contemplação e enorme carga estética e filosófica. Depois, o 1948, com o nariz mais doce e generoso, mesmo com algum vinagrinho, a exigir atenção, sobretudo pelo facto de surgir imediatamente após o objeto de beleza que é o 1945… se não formos cautelosos (e rigorosos), pode ser ofuscado. Ou, como nos diz David Guimaraens, “o ’48 fica na sombra do ’45…”, e remata com uma gargalhada sincera, “mas estamos a ser esquisitos, ele é fantástico na mesma!”. E é. Um vinho fantástico, no qual se percebe que nada substitui o tempo.

Saltamos de década e percebemos que o 1955 é um vinho de boca mais austera e menos untuosa, o que o torna exigente. Da trilogia 1960-63-66, o 1960 ficou atrás porque a garrafa tinha TCA. Já os seus pares, cumpriram o papel e entusiasmaram. O ’63 é um vinho comparável a qualquer obra de arte, com uma precisão única e uma fruta tão viva que esquecemos a idade. O 1966, com o nariz a apontar mais para a doçura que o anterior, tem uma geometria equilibradíssima, com o açúcar, o álcool e a acidez em harmonia suprema. É um Vintage distinto, quase contido tal a nobreza de proporções que ostenta.

Entretanto, David Guimaraens fala da Roêda e diz-nos que a quinta é a coluna dorsal dos vintage da Croft, representando 90% do lote. Quando a Taylor Fonseca decidiu comprar a Croft (passando nesse momento a The Fladgate Partnership), o património que representava essa propriedade foi um fator decisivo, na consciência, porém, que muito trabalho havia a fazer. Os vinhos há muito não eram feitos em lagar e essa filosofia, que tinha a ver com o desejo de modernização, surtiu efeito sobretudo a partir de 1970. Entretanto, Portugal sofreu um período agitado com a revolução de 25 de Abril de 1974 e, também na Croft, esses anos são marcados por esses acontecimentos. Depois, estes vinhos entram no pós-revolução com um novo paradigma. Os lagares haviam sido definitivamente abandonados, com a implementação de cubas de cimento auto-vinificadoras. Também o controlo, em termos enológicos e vitícolas, era visto de uma forma que se considerava moderna. Nas palavras de David Guimaraens, não devemos ser “obsessivos a controlar”. Controlar os extremos, sim, mas ao intervir muito no que se passa nesse intervalo, perdemos o carácter dos vinhos.

O segundo “flight” foi um pouco a confirmação de tudo isto, tendo a Croft optado mesmo por não apresentar vinhos da década de 1980 - vinhos cujo perfil será consequência direta do período histórico da década anterior, da perturbação que se vivia no Douro, nas adegas e nas vinhas, e da nova filosofia, ainda a dar os primeiros passos.
Iniciámos, então, com o 1970, onde voltou a cor de mogno (que havíamos tido no ’45). O nariz é suave e a boca, por oposição, é intensa, quase explosiva, com notas de licor. O 1975 é diferente, mais aberto e mais doce, com sugestões de chocolate. O chocolate continua no 1977, vinho que se evidencia em todo este “flight” e um dos Vintage a reter nesta prova. O nariz é muito sedutor e a boca é espessa, com uma textura que lembra ganache. Tão inesperada quanto única! Saltamos, então, o período de 1980, e entramos na última década do séc. XX com o Vintage 1991. A cor situa-se entre o rubi e o granada, é um vinho numa fase relativamente discreta, apesar de ainda muito frutado, com grande elegância. Para terminar este capítulo, provámos o 1994, com um estilo mais generoso que o anterior, aromas de doçura, notas de licor e de chocolate.

Para o enquadramento do último “flight” da prova, David Guimaraens quis sublinhar a importância da personalidade das vinhas na personalidade de um vinho, demonstrando como a Quinta da Roêda é decisiva para o carácter destes Vintage. Quando se deu a compra da Croft, David Guimaraens e António Magalhães, o responsável pela viticultura, apaixonaram-se imediatamente pela Roêda, e o respeito pela sua história foi o ponto de partida para essa relação de amor. Acrescento que a beleza das suas vinhas e da sua paisagem é absolutamente demolidora, como se ali fosse a alma do Douro. Transcende a matéria com uma dimensão estética a que é impossível ficar indiferente. O que, aliás, pode ser a definição do belo.

A vinha da Roêda é marcada por um momento incontornável da história do vinho, a Filoxera e a reconstrução do Douro que se seguiu. Há um grande envolvimento da Croft nesse período e noutras vinhas velhas da região poder-se-ão encontrar fragmentos dessa história, em poucas é possível uma explicação tão completa como a que se encontra na Roêda. A filoxera foi aproveitada para selecionar castas e, na Roêda, pelo estudo das vinhas velhas, é possível perceber o critério dessa seleção e aprender com a escolha da altitude e exposição em que cada uma delas se encontra, por exemplo. É num tom de grande humildade que David nos diz que as personalidades das vinhas velhas da Quinta da Roêda e da Quinta de Vargellas (Taylor’s) são o seu grande professor, sentindo que deve reproduzir esse carácter nas novas vinhas que planta. A juntar à grande dedicação às vinhas, David aponta também o método de vinificação que, como vimos, a partir de 2002 passa pelo uso de lagares de granito, com pisa a pé (hoje em dia, é também usada pisa mecânica), como fator determinante para a expressão dos Vintage da Croft.

Entramos, por fim, no último “flight” desta vertical tão especial, para a qual “fomos assaltar a biblioteca” (David Guimaraens dixit). Todos estes vinhos são ainda muito jovens, com o denominador comum da fruta e de um certo carácter mentolado mais evidente que nos vinhos com mais idade. Começamos com o 2000, vinho para o qual David Guimaraens foi já (e apenas) o responsável pelo lote final. É um vinho exótico sem ser exuberante, de estrutura sólida e doçura envolvente. Depois, o 2003, um marco importante na carreira do enólogo pois foi o primeiro Vintage da Croft que saiu totalmente das suas mãos. E é realmente um grande Vintage, com algum calor a potenciar uma personalidade poderosa. É quente no melhor dos sentidos, com uma expressão de fruta madura muito bonita e uma tensão permanente que não o deixa entrar em exageros de álcool e açúcar (aliás, a doçura é surpreendentemente harmoniosa, quase discreta).
Quanto ao 2007, revela enorme concentração e uma personalidade diferente, com aromas que lembram carne estufada. Também a frescura é uma característica que se distingue e acompanha toda a prova. Já o 2009 tem o nariz mais suave, com tons florais e fruta silvestre. A boca tem taninos sedosos, acompanhados de um volume inesperado, que o torna quase gordo. O penúltimo vinho é, sem dúvida, um dos grandes desta vertical. O Croft Vintage 2011 é muito aromático e impõem-se pelo estilo poderoso na relação taninos-doçura-álcool. É um vinho muito bonito, para o qual se deve ter a paciência (ou devo dizer respeito?) de esperar umas décadas, pois só assim o poderemos sentir adulto e pleno.

Por fim, a declaração de um Vintage Clássico da Croft para 2016, um ano marcado pelos desafios na vinha, chuvoso no início da campanha, mas que proporcionou condições ideias para a vindima. Destaca-se, também, o facto de se terem registado temperaturas noturnas baixas, que permitiram fermentações controladas e prolongadas, e extrações suaves. Tudo fatores que proporcionam a obtenção de vinhos elegantes e finos. Para David, são anos assim que melhor revelam a personalidade das vinhas da Roêda. O 2016 é um Vintage que alia vivacidade e delicadeza de atitude. Concentrado, fruta muito precisa, as notas mentoladas a que já nos habituámos, num conjunto de desenho definido e boas proporções. E, se achávamos que por ser tão novo, o encontrávamos fechado e tímido, surpreendeu e revelou-se um ótimo conversador.

Como epílogo da prova, há que salientar a textura aveludada destes vinhos, o seu carácter frutado e, sem dúvida, o “exotismo da Roêda” que se exprime pelas notas de eucalipto, mentol e uma boa dose de alegria. Quanto ao 1945, é impossível não o guardar na memória como algo tão especial quanto uma grande obra de arte. Única e insubstituível.


David Guimaraens

David Guimaraens é uma pessoa de sorriso fácil e a sua voz enche qualquer sala. Sexta geração de uma família fortemente ligada ao Vinho do Porto, é filho de uma lenda do sector, Bruce Guimaraens (Vinho do Porto Fonseca). Recorda que, em criança acompanhava o pai às vinhas do Douro e esses momentos eram, para ele, a felicidade suprema. Com o Vinho do Porto a correr-lhe nas veias não foi, assim, difícil escolher o caminho. Mas o verdadeiro “clique” deu-se aos 19 anos, quando o pai lhe proporcionou uma vindima na Austrália.
A continuidade familiar nesta atividade permite que a sabedoria do passado seja transmitida através das gerações. Há um conhecimento empírico que só o tempo ensina. Recebeu a paixão pelo Vinho do Porto do seu pai e espera poder fazer o mesmo com o seu filho mais novo, que já mostra gosto por esta atividade. A juntar a isto, as empresas antigas têm uma cultura própria e muito do conhecimento está nas pessoas que lá trabalham que, também elas, o vão passando aos mais novos. No Vinho do Porto, trabalha-se a pensar nas gerações futuras, ao mesmo tempo que se tira proveito das gerações passadas. E essa é uma mensagem que procura sempre transmitir.


Após o seu percurso académico, David Guimaraens entra na Taylor Fonseca em 1990 e cedo se habituou a ver os seus vinhos reconhecidos pela crítica, com o seu primeiro Vintage, o Fonseca 1994, a receber 100 pontos na Wine Spectator.
Relativamente à prova comemorativa dos 430 anos da Croft, é tão humilde quanto sincero, não entrando em falsas modéstias. Percebe-se claramente que continua a emocionar-se perante grandes vinhos e afirma perentoriamente que espera que, daqui a uma ou duas gerações, quando se realizar uma prova idêntica, o último “flight” (os seus vinhos) possa ser comparado ao primeiro, porque acredita no caminho que a Croft está a seguir. E, numa atitude ponderada, porém pragmática, diz-nos: “É um desperdício usar as uvas das minhas quintas para qualquer coisa que não seja Vinho do Porto”
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Quinta da Roêda            
5085-016 Pinhão            
T:  220 109 830  
Email: turismo.roeda@croft.pt

 

TEXTO Célia Lourenço