Restaurantes e garrafeiras de Lisboa

Fotografia: Fotos D.R.
Miguel Pires

Miguel Pires

A dinâmica positiva do turismo em Lisboa foi aproveitada pelo setor da restauração. Na antecâmara do Encontro com Vinhos - Encontro com Sabores, promovido pela Revista de Vinhos, apresentamos um pequeno guia com as melhores sugestões para comer, beber e comprar vinhos.

 

Como é do conhecimento geral, Lisboa tem vindo a viver um período de alta devido, em grande parte, ao turismo. Uma das áreas do sector que tem aproveitado o boom é a restauração. A situação tem levado ao aparecimento de número elevado de restaurantes e o ritmo de aberturas tem sido de tal forma elevado, que cada vez mais é difícil ao público não só acompanhar o que se passa, como perceber o que realmente interessa. Por outro lado, a febre da novidade faz com que se fale menos (ou deixe mesmo de se falar) de quem anda cá há muito tempo, o que não deixa de ser injusto e muitas vezes enganador, porque a situação está longe de espelhar a dinâmica deste ou aquele lugar mais clássico. No que diz respeito às garrafeiras, o panorama é diferente. As principais continuam a ser as mais procuradas, tendo os novos players de esbracejar com mais vigor para poder mostrar as suas valências e conquistar o seu quinhão do mercado.
Foi com este pressuposto em mente que elaborámos este pequeno guia de restaurantes e garrafeiras. Foram escolhidos 15 restaurantes principais (mais um restaurante vínico/winebar), deixando no final de cada um, no mínimo, duas sugestões alternativas, num total de 50 endereços. Nesta seleção, o leitor vai encontrar vários tipos de espaços, cozinhas e preços: de autor, mais de fine dining ou mais informal; de cozinha tradicional e popular, de cozinhas étnicas, de petiscos, de mariscos, entre outros. Em relação às garrafeiras foram destacadas cinco, com outras cinco indicações, entre as incontornáveis e as que, entretanto, apareceram e que trouxeram algo de novo. 

Restaurantes

Bistro 100 Maneiras


Enquanto Ljubomir Stanisic não abre o novo 100 Maneiras, o Bistro continua a ser o lugar de eleição para um jantar animado, com cocktails fantásticos (dos melhores de Lisboa), uma boa carta de vinhos e comida rock’ n’roll com um toque refinado. A cozinha navega entre um Portugal “à Ljubomir” e a sua Bósnia natal, de onde vem uma das propostas (de entrada) que em caso algum deverá perder, o burek de queijo e espinafres. €€€
Largo da Trindade, 9 (Chiado) 
M. 910 307 575

Outras Sugestões: A cerca de 400m abaixo, no Quorum (Rua do Alecrim, 30B; T. 216040375 - €€€), um espaço de ambiente descontraído, Tiago Santos oferece uma interessante cozinha de autor com produtos portugueses (muito deles esquecidos). Ainda na zona, mas no sentido do Príncipe Real, o Tapisco (Rua Dom Pedro V, 81. T.213420681 - €€) de Henrique Sá Pessoa, junta petiscos e cozinha de conforto de Portugal e Espanha num só espaço. 
 

Belcanto


Nos últimos tempos, muito se tem falado da vertente empresarial de José Avillez, devido ao ritmo constante com que abre novos restaurantes. Porém, convém não esquecer que Avillez continua a criar e a fazer uma cozinha portuguesa contemporânea ao mais alto nível no Belcanto e que poderá inclusive valer-lhe num dos próximos guias a terceira estrela Michelin. Entre os vários menus disponíveis, o Evolução é aquele em que encontramos novos pratos. Alguns são variações com bases e produtos há muito utilizados pelo chefe, como a enguia fumada, o robalo, o carabineiro ou a papada de porco; outros seguem numa direção mais minimalista e focada no produto, como é o caso da “mariscada”. Boa carta e serviço de vinhos a cargo do sommelier Rodolfo Tristão. €€€€€
Largo de São Carlos, 10
T. 21 342 0607

Outras Sugestões: Na vizinhança encontra outro dos grandes restaurantes de cozinha de autor de Lisboa, o Alma, de Henrique Sá Pessoa (R. Anchieta 15. T.21 347 0650 - €€€€€) e no universo do seu grupo, um dos mais interessantes é a Cantina Peruana, uma colaboração com Diego Muñoz que se emancipou do Bairro do Avillez e tem agora nova casa no Cais do Sodré (Rua de São Paulo, 32. T. 215 842 002 - €€€).
 

Ceia 


Pedro Pena Bastos deu que falar quando passou pela cozinha do Esporão, entre 2015 e 2017. Depois de um período sabático, chegou a Lisboa para liderar um projeto muito especial chamado Ceia, em que tudo (ou quase tudo) se passa à volta de uma mesa comprida, onde se sentam no máximo 14 pessoas. Aqui os clientes juntam-se à mesma hora e partilham a mesa, confortavelmente, onde lhes é servido um menu único que engloba toda uma série de pratos de cozinha contemporânea sazonal, delicada, rigorosa e surpreendente. Também o pairing de vinhos procura fugir ao óbvio, apostando em referências com personalidade provenientes de pequenos produtores. €€€€€
Campo de Santa Clara 128 
S. www.ceia.superb.com

Outras Sugestões: Uma alternativa a considerar deste lado da colina é o Leopold (Pátio D. Fradique, 12; T. 21 886 1697 - €€€€) de Tiago Feio, junto ao Castelo, que apresenta uma proposta igualmente de rigor e detalhe. Mais acessível, O Sála (R. dos Bacalhoeiros, 103. T.218873045 - €€€), um dos mais recentes espaços a abrir em Lisboa, traz de novo ao ativo o chef João Sá, com uma cozinha de autor convidativa em ambiente informal. 
 

Coelho da Rocha 


Reaberto em 2015 com nova gerência, o Coelho da Rocha, em Campo de Ourique, é um daqueles restaurantes de bairro a que apetece ir quando queremos estar num ambiente familiar, com uma comida mais petisqueira, ou de conforto, confecionada com bons ingredientes. Comece com uns peixinhos da horta, siga para umas amêijoas à Bulhão Pato, não ignore as gambas “à Guilho” e muito menos o costeletão de vaca maturada grelhado no carvão. Por fim, termine com uma sobremesa conventual. €€€ 
Rua Coelho da Rocha 104.
T. 21 390 0855 

Outras Sugestões: Dentro do mesmo género de cozinha, o Magano (Rua Tomás da Anunciação, 52 T. 21 395 45 22 - €€/€€€), dos mesmos donos, e o Solar dos Duques (Rua Almeida e Sousa, 58 B. T. 21 387 26 74 - €€), também em Campo de Ourique, são duas boas alternativas. Já para os lados da Avenida da Liberdade, ainda que diferente, o Solar dos Presuntos (R. Portas de Santo Antão 150. T. 213424253) e a sua “alta cozinha de Monção”, navegam em águas não muito distantes. €€

 

Enoteca Belém


Os apreciadores de vinho têm nesta morada de Belém, junto aos famosos pastéis, um lugar muito especial. São mais de 150 referências nacionais, das quais uma boa parte disponível a copo e a preços sensatos. Há um pouco de tudo por ali: do vinho de topo da maior empresa do sector, ao de produção de garagem do jovem produtor. A responsabilidade da escolha e do serviço é do escanção Nelson Guerreiro, ficando a comida a cargo de Ricardo Gonçalves, que procura fazer uma cozinha atualizada adequada à temática do lugar.  €€€
Travessa do Marta Pinto, 12. 
T. 21 363 15 11.

Outras Sugestões: No Bairro Alto, a Garrafeira Alfaia (R. do Diário de Notícias 125. T. 21 343 3079 - €€) tem uma boa carta de vinhos e peticos para acompanhar. Já no Cais do Sodré, no Café Tati (R. Ribeira Nova 36. Tel. 21 346 1279 - €€), poiso de eleição dos adeptos dos vinhos naturais, pode beber, comer e, aos domingos, ouvir jazz ao vivo. 

 

Epur


Depois de uma década na Fortaleza do Guincho, Vincent Farges está de volta, agora em Lisboa, num espaço cheio de charme, com vista para o Tejo e Castelo. A sua cozinha sazonal, de base francesa e produto (essencialmente) português, que fez dele um dos melhores chefes a trabalhar no nosso país, evoluiu, está mais depurada e ao melhor nível de sempre. Este estatuto deu-lhe a confiança necessária para se permitir jogar sem carta e mudar a ementa diariamente, se assim o entender. Porém, não há imposições, pode-se sempre saber quais as opções e decidir, ou simplesmente deixar que ele o surpreenda. Boa seleção de vinhos a cargo do jovem escanção Ivo Peralta. €€€€ (almoço) / €€€€€ (jantar).
Largo da Academia das Belas Artes nº14, r/c. 
T.21 346 0519

Outras Sugestões: Em termos de fine dining o Eleven (Rua Marquês da Fronteira. T.21 386 2211 - €€€, almoço; €€€€€, jantar), um clássico da capital, detentor de uma estrela Michelin, é sempre uma opção. Já num ambiente mais informal, no Príncipe Real, Diogo Noronha apresenta no Pesca (R. Escola Politécnica 27, T. 21 346 0633 - €€€, almoço; €€€€, jantar) uma cozinha contemporânea com produtos do mar, ótimas sobremesas, carta de vinhos interessante e cocktails notáveis. 

 

Feitoria


Se o restaurante do Hotel Altis Belém é um dos melhores, mais consistentes e reconhecidos restaurantes de fine dining do país, muito se deve ao seu chefe João Rodrigues. Porém, a glória e os prémios recebidos serviram, sobretudo, como incentivo a prosseguir com o seu trabalho, nomeadamente na valorização dos produtos e pequenos produtores portugueses de excelência. Desde há uns anos para cá, esse trabalho vem-se refletindo num menu a que chamou “Matéria”, onde apresenta um conjunto de pratos de sabor, grande precisão e delicadeza, conseguindo como poucos, fazer a ponte entre uma cozinha de produto aparentemente simples, a criatividade e um certo luxo próprio de um restaurante de topo. Estará a segunda estrela Michelin a caminho? Em termos vínicos, o escanção André Figuinha está lá para o desafiar. (€€€€€)
Altis Belem Hotel & Spa, Doca do Bom Sucesso.
T. 21 040 0208

Outras Sugestões: Se procura uma cozinha igualmente contemporânea e desafiante, o Loco de Alexandre Silva é uma alternativa a considerar (R. Navegantes 53, T. 21 395 1861 - €€€€€). Já nas proximidades, no À Justa, é possível apreciar a cozinha de boa cheia de Justa Nobre, de volta ao bairro onde tudo começou (Calçada da Ajuda 107. T. 21 363 0993- €€€).  

 

Galito 


Famosa casa alentejana de Carnide (próximo do Colombo), O Galito é provavelmente o mais fidedigno e melhor restaurante de cozinha desta região, em Lisboa. O menu varia consoante a época e nele constam pratos e petiscos imperdíveis, das finíssimas iscas de porco, ao galo do campo frito, passando pela variedade de migas à alentejana, a sopa de tomate com ovo escalfado (que é um principal), os carapauzinhos com arroz de coentros, ou o borrego em molho de tomate, por exemplo. Isto se conseguir chegar a tanto, porque o leque de petiscos de entrada já faz meia refeição. Em termos de vinhos privilegiam naturalmente os da sua região.  €€ / €€€
 R. Adelaide Cabete 7. 
T. 21 711 1088

Outras Sugestões: Como alternativa, não muito distante daqui, com uma cozinha de cariz tradicional e “amigo dos vinhos”, o Jacinto (Av. Ventura Terra 2. T. 217591728 - €€/€€€) é uma boa alternativa. Tal como o Salsa & Coentros, em Alvalade (Rua Coronel Marques Leitão, 12. T. 218410990 - €€/€€€), ou do fundador deste último, a Bel’Empada (Av. João XXI 24. T.21 407 5172 - €€), cujo menu vai além das ótimas empadas. 

 

Kanazawa 


Há pouco mais de um ano o consagrado mestre Tomoaki Kanazawa voltou para o Japão e deixou o seu pequeno espaço de Pedrouços/Belém a Paulo Morais, o mais conhecido sushiman e chefe de cozinha asiática do nosso país. O português manteve o estilo de refeição kaiseki, com menus de vários pratos assentes em produtos de época e impôs um estilo próprio sem copiar o seu antecessor. São apenas oito lugares num balcão à sua volta, o que permite uma interação especial entre o chefe e clientes. Experimente fazer um pairing com várias bebidas diferentes: vinho, chá, sake e cerveja, por exemplo. €€€€€ 
R. Damião de Góis 3. 
T. 21 301 0292

Outras Sugestões: Para os lados da Gulbenkian, o Go Juu (R. Marquês Sá da Bandeira, 46. T. 21 828 07 04 - €€€) com uma cozinha japonesa apoiada numa boa variedade de ingredientes de qualidade, é uma alternativa a considerar. Já no Príncipe Real fica um dos japoneses de culto (e um dos mais antigos), o Bonsai (R. Rosa 244, T.21 346 2515 - €€€), que tem um novo chefe japonês chegado do Brasil, Shinya Koike. 

 

Mezze


A cozinha do Médio Oriente demorou a impor-se em Lisboa, mas finalmente pegou, sendo o Mezze - um louvável projeto de integração de refugiados sírios no Mercado de Arroios - o restaurante que mais contribui para a tendência. E compreende-se porquê: esta cozinha de cariz mediterrânico aposta em ingredientes frescos, saborosos e coloridos. O termo “mezze” significa “pequenos pratos para partilhar” e entre as várias opções de menus a preços acessíveis, encontram-se alguns dos famosos pratos da região, como o babba ganoush (puré de beringela fumado com xarope de romã), o tabbouleh (salada de salsa picada com bulgur e hortelã), Hummus (pasta de grão com tahini) ou o kibbeh (bolinhos fritos de carne de vaca, bulgur e especiarias). €€

Rua Ângela Pinto, 22/23. 
T. 212494788

Outras Sugestões: Entre os restaurantes de cozinha do Médio Oriente que valem a pena recomendar encontram-se os novos Sumaya Cozinha Libanesa (R. Escola Politécnica 40. T. 21 347 0351 - €€) e o Zaatar, o mais recente de José Avillez, em colaboração com o libanês Joe Barza, no Cais do Sodré (R. São Paulo, 24. T. 211 350 860 - €€€).

 

Sala de Corte 


Vocacionado para os amantes da carne, o Sala de Corte mudou recentemente de localização, mas não foi para longe (continua próximo do Mercado da Ribeira). Com a mudança, o espaço cresceu (66 lugares) e ganhou um ar mais distinto, sem perder o cariz informal. À frente da cozinha mantém-se Luís Gaspar, Chefe Cozinheiro do Ano 2017, que reforçou a carta, mas manteve a aposta na carne bovina, com peças de diversos cortes preparados na grelha - algumas delas podem ser escolhidos na câmara de maturação – e toda uma outra série de propostas que navegam entre a comida de conforto e uma cozinha mais de autor. €€€
Praça D. Luís I, 7. 
T. 213460030

Outras Sugestões: Ainda vocacionado para carnívoros, em São Sebastião, O Talho (R. Carlos Testa 1. T.21 315 4105 - €€€), do Chefe Kiko, com um conceito mais de comida do mundo, continua a ser uma boa opção. E se a larica lhe der vontade de hamburger saiba que nas vizinhanças de ambos existem os melhores de Lisboa: seja no Ground Burger, da Av. António Augusto de Aguiar 148 (T.21 371 7171 - €€), com mais opções, nomeadamente de bebidas, ou no do Mercado da Ribeira. 
 

Prado


Era suposto ser menos consensual, mas com o seu conceito “da origem ao prato” e da “cabeça aos pés”, uma cozinha de grelha e um conjunto de pratos inventivos e diferentes, o Prado é um dos novos restaurantes do momento, na cidade. Os produtos são 100% nacionais (ou quase), já os sabores e a técnica têm outro mundo e são influenciados pela experiência em Londres do jovem chefe António Galapito, onde trabalhou vários anos com Nuno Mendes. Outra componente que faz parte do ADN do restaurante, de 65 lugares, é a aposta em vinhos bio, biodinâmicos e naturais, de que o chefe é um fervoroso adepto. Segundo Galapito, as suas características mais digestas e leves adequam-se muito bem com a sua cozinha.  €€€
Travessa das Pedras Negras, 2 (Sé). 
T. 21 053 4649

Outras Sugestões: Não muito distante, e num espectro semelhante, mas mais intimista, o Boi Cavalo (R. do Vigário 70 B. T. 21 887 1653- €€€/€€€€) é um restaurante a ter sempre em conta. Funciona apenas com menu de degustação, tal como Os Gazeteiros (R. das Escolas Gerais 114-116. T. 21 886 0399 - €€€), com uma cozinha igualmente de mercado e uma filosofia de vinhos semelhante ao Prado.

 

Ramiro


Já leva mais de 60 anos, esta casa incontornável para quem quer comer bom marisco em ambiente movimentado e festivo. As filas podem ser longas mas as várias salas que se dividem pelos dois andares dão bom andamento. E vale a pena a espera. Os mariscos são de eleição, da gamba da costa, aos famosos carabineiros, passando pelas amêijoas (de bom porte) à Bulhão Pato, lagostins, santolas, sapateiras. Comece com um prato de presunto “pata negra” e termine com a “sobremesa”, nome de código para o prego do lombo, que ajuda a aconchegar o estomago após tanta maresia. Carta de vinhos simples, mas com bons preços. €€€
Av. Almirante Reis, 1 H. 
T. 21 885 10 24. 

Outras Sugestões: Não é marisqueira mas, não muito longe do Ramiro, a barra do Gambrinus (Rua das Portas de Santo Antão, 23 - €€) é outro clássico a considerar, sobretudo fora de horas. Distante do centro, em Belém, mas dentro do tema marisco, a Nune’s Marisqueira (Rua Bartolomeu Dias nº 120 - €€€) é igualmente uma boa alternativa.

 

Taberna da Rua das Flores


Com pouco mais de 20 lugares, esta taberna do Chiado continua um sucesso, como é visível pelo aglomerado de pessoas à porta. É assim desde que abriram há seis anos e não custa adivinhar a razão: o lugar e o serviço são descontraídos e a comida petisqueira de André Magalhães – que remete para uma Lisboa multicultural – tem alma e sabor. Experimente o picadinho de carapau, o tiradito de corvina, ou o pica-pau de vitela. Esteja atento ao que houver nesse dia. Em termos vínicos, a oferta recai nos vinhos da região de Lisboa e do Tejo e se quiser entrar no espírito taberneiro, experimente a pomada da casa. Para desenjoar, ou enquanto espera à porta, uma cerveja artesanal à pressão é sempre um bom remédio.  € (ao almoço – menu mais simples) / €€ (ao jantar).
Rua das Flores 103 (Chiado)
T. 21 347 9418

Outras Sugestões: Para uma experiência com o carimbo do mesmo chefe, mas de com uma comida mais elaborada, vinhos mais complexos e em ambiente descontraído, mas refinado, experimente, próximo dali, a Taberna Fina (Le Consulat, Largo de Camões, 22, Piso 1. M.938596429 - €€€€). Para uma cozinha portuguesa simples, do dia-a-dia (e apenas ao almoço), uns metros abaixo, há o Restaurante das Flores (Rua das Flores, 76-78. T.213428828 - €).

 

Taberna Sal Grosso


Casa simples, sempre cheia, comida saborosa, serviço à vontade (sem ser à vontadinha) e ambiente cool. Um sucesso, este Sal Grosso. E entende-se porquê. A comida é mais séria do que a singela tipificação de taberna quer fazer crer e consiste, sobretudo, em petiscos e pratos da cozinha popular portuguesa com um twist de valor acrescentado. Os pastéis de bacalhau são incontornáveis, tal como a raia alhada, o arroz de conchas, ou o “best seller” rabo de boi (bem como as batatas fritas que o acompanham). O vinho não é o ponto forte, mas a cerveja artesanal da casa recomenda-se vivamente. €€
Calçada do Forte, 22 (Santa Apolónia). 
Tel. 21 5982212 

Outras Sugestões: Dos mesmos proprietários, uns metros acima, o Sal Gema (R. Remédios 98. M. 968711094 - €€), com uma carta semelhante e com mais oferta de vinhos, é uma boa opção às enchentes da casa irmã. Se andar na Baixa, ao almoço, tem bem perto o económico Zé dos Cornos (Beco dos Surradores, 3. T. 21 886 96 41 - €) e o seu famoso piano de entrecosto com arroz de feijão.
 

Tasca da Esquina


O chefe Vítor Sobral dispensa apresentações, mas é sempre bom lembrar que foi ele que criou neste espaço de Campo de Ourique o conceito de «nova tasca», com pratos populares assentes numa cozinha portuguesa com um valente toque de autor. Atum salteado com orégãos, lascas de bacalhau com batata e ovo, fígados de aves de escabeche com pera, raia confitada em azeite, polvo no forno são algumas das propostas da casa criadas por Sobral e Hugo Nascimento que satisfazem o estômago e a alma. Um conselho: deixe-se ficar nas mãos do chefe. 
Rua Domingos Sequeira 41C (Campo de Ourique).
 T. 21 099 39 39 - €€€

Outras Sugestões: Do mesmo chefe e no mesmo bairro mas mais virado para os produtos do mar, a Peixaria da Esquina (R. Correia Teles, 56. T. 21 387 46 44 - €€€) é muito recomendável. E, se assunto for carne, ainda em Campo de Ourique, que tal o Pigmeu e o seu lema “de tudo um porco”? (Rua 4 da Infantaria, 68. T. 21 825 29 90 - €€). 
 

 

Garrafeiras

 

Comida Independente


Após decidir mudar de vida e abrir este espaço, Rita Santos fez várias viagens pelo país em busca de produtos gastronómicos únicos que não encontrava em Lisboa e que pudesse juntar a outros que existiam, mas que estavam fora do circuito dos supermercados. A mesma ideia foi aplicada aos vinhos tendo optado por ter, sobretudo, uma boa gama de vinhos bio, biodinâmicos e naturais (ou próximos dessa filosofia), sendo a loja da capital mais completa nesta área. Este espaço, em Santos, promove ainda encontros, apresentações de vinhos (e outros produtos), e workshops e tem reservada uma área para servir petiscos, tábuas de queijos, enchidos e vinhos a copo.  
R. Cais do Tojo 28. 
T. 21 395 1762 
 
Garrafeira de Campo de Ourique


Devem existir poucos espaços com uma densidade de garrafas por metro quadrado como a desta loja em Campo de Ourique, uma das garrafeiras mais emblemáticas da cidade. Porém, não é a quantidade que os distingue, mas sim a qualidade e a confiança no aconselhamento prestado por Arlindo Santos (o proprietário) e sua filha Mafalda. Entre os muitos clientes, há vários restaurantes e naquelas prateleiras, além das novidades, das gamas completas (ou perto disso) de vários produtores, ou dos vinhos “troféu”, existem certas preciosidades que não se encontram em outros lugares. 
R. Tomás da Anunciação 29. 
T.21 397 3494

Garrafeira Estado D'Alma


Uma das razões que torna obrigatória a romaria a uma das garrafeiras de Tiago Paulo tem a ver com as novidades que chegam todas as semanas. Só que ao contrário do habitual, estas não são apenas as últimas colheitas lançadas no mercado, mas sim, também, as “velharias” que ali chegam regularmente provenientes de leilões, coleções, privadas, stocks parados de produtores ou de distribuidoras. O Estado d’Alma dispõe ainda de uma oferta interessante de vinhos estrangeiros e começa a dar alguma atenção aos chamados “vinhos naturais”. Em caso de dúvidas, Carlos Jorge ou o escanção João Chambel estão lá para o ajudar. 
R. Alexandre Herculano 45. T. 21 410 5162 
R. João de Oliveira Miguens 3B. T. 21 362 1639 
Centro Cultural de Belém, Rua Bartolomeu Dias Loja 7. T. 212 465 232
 
Garrafeira Nacional


É a mais emblemática e notória das lojas de vinhos de Lisboa e a referência para onde todos olham, quer se seja consumidor, concorrente ou prescritor. A razão não se prende apenas pelo histórico, pela ampla gama de vinhos, pelas coleções de portos antigos ou pelas verticais de Barca Velhas e afins mas sim, também, pelo facto de se manterem atualizados, de perceberem o perfil dos clientes e de saberem sugerir o que querem e, muitas vezes, o que nem sabiam que queriam. Além de vinhos, a GN, gerida por Jaime Vaz, comercializa ainda de uma série de bebidas espirituosas e de bar. 
R. de Santa Justa 18. Tel. 21 887 9080. A GN dispõe ainda de outra loja na Baixa mais dirigida a estrangeiros (Rua da Conceição 20/26) e outra menor no Mercado da Ribeira (Av. 24 de Julho).

Mundo do Vino 


Aberto este ano em São Bento, a meia dúzia de metros da Assembleia da República, este espaço amplo junta as valências de garrafeira com a de wine bar com petiscos. A filosofia da casa - que além dos nomes mais conhecidos acolhe muitas referências de pequenos produtores - é a de que os vinhos devem ser provados antes de serem adquiridos, por isso, dispõem diariamente de 40 vinhos em máquinas tipo Enomatic, que servem a copo. 
R. de São Bento 15. 
T. 21 395 0338

 

Outras Sugestões para boas compras: 

  • Garrafeira de Santos: R. Santos-O-Velho 74. (Santos) T.21 396 0021. 
  • Spirits & Wine: R. Castilho 201 D.  (Parque Eduardo VII). T. 21 603 7824.
  • Garrafeira Internacional: R. Escola Politécnica 15 (Príncipe Real). T. 21 347 6292.
  • Garrafeira Néctar das Avenidas: R. Pinheiro Chagas 50 C (Saldanha). T. 21 587 4994.
  • Wines 9297:  R. Prof. Simões Raposo 9B (Telheiras). T. 21 715 0862.

 
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Preços
€ - Até 15 €
€€ - 15 a 30 €
€€€ - 30 a 50 €
€€€€ - 50 a 75 €
€€€€€ - + de 75€