Cálem inova e ambiciona mais com novo museu

 
Marc Barros

Marc Barros

A segunda cave mais visitada do mundo (235.000 visitantes em 2016) tem um novo pretexto para uma incursão atenta: o Museu Cálem, bastante interativo e que representa um investimento de três milhões de euros por parte do grupo Sogevinus.
 

Esta terça-feira apresentado à Imprensa, o novo museu nasce a partir da requalificação de parte das tradicionais caves da Cálem, na margem ribeirinha de V.N. de Gaia. Disponível para visitas individuais ou de grupo, a primeira parte da nova experiência é bastante interativa, com diferentes plataformas audiovisuais a destacarem-se: mapa da Região Demarcada do Douro, com múltiplas tonalidades que vão explicando geografia, clima e diferenças entre as sub-regiões; vários painéis multimédia, para ajudar a perceber como se elaboram e quais as diferenças entre as tipologias de Vinho do Porto; jogo que castas, que através de aromas apela à descoberta do “nariz” das principais variedades usadas nos vinhos do Porto; montra com camadas de xisto, para ilustrar o solo do Vale do Douro; imagens históricas – de vindima, mas também de rótulos e campanhas publicitárias que marcaram o historial da Cálem (fundada em 1859); exposição de algumas das mais antigas garrafas de Porto da marca, a mais antiga um Vintage de 1870; e imagens de momentos de consumo.

A primeira parte da visita pode ser realizada a solo e também inclui a possibilidade de o visitante tentar descobrir o tipo de Vinho do Porto que mais gosta ou até mesmo as combinações enogastronómicas mais adequadas, rececionando essa informação, à posteriori, via email. Num segundo momento, já com acompanhamento de um guia (português, inglês, espanhol e francês são os idiomas disponíveis), os visitantes deparam-se com a projeção de um conjunto significativo de informações úteis acerca do Vinho do Porto, seguindo-se a prova de dois vinhos do Porto na nova sala de provas do espaço (com capacidade para mais de duas centenas de pessoas). E tudo finaliza com a passagem pela loja, que tem à venda todo o portefólio da Cálem. Esta visita tem um custo de 10,00€/pessoa, mas a oferta não se resume aqui. Todos os dias existe ainda a possibilidade de acompanhar Vinho do Porto com alguns petiscos, ao som de fado ao vivo (18h30, horário de verão, meia-hora mais cedo no inverno). Esta opção custa 21,00€/pessoa.

Contas feitas, o projeto estende-se por uma área de 3.281 m2, sendo o objetivo a médio prazo atingir os 300.000 visitantes/ano.

A previsão foi avançada de viva voz por Juan Carlos Escotet, presidente do Conselho de Administração do grupo Sogevinus (Cálem, Kopke, Burmester e Barros), que também adiantou o próximo investimento na área do enoturismo. Um hotel, com 20 quartos, na emblemática Quinta S. Luiz , perto do Pinhão, com abertura prevista para finais de 2018.

“Queremos modernizar e apontar para o futuro, agregar valor ao enoturismo”, acentuou Escotet, que nesta visita fez-se acompanhar por Daniel Nomdedeu (conselheiro delegado da Sogevinus), Carlos Alves (enólogo), Patrícia Neves de Sousa (diretora de marketing) e Célia Lima (responsável pelo turismo do grupo).

A Sogevinus Fine Wines é lider de vendas no mercado português e líder mundial em Portos Colheita. Fatura anualmente 40 milhões de euros, está presente em 60 países, exporta 60% da produção e produz uma média anual superior a 8 milhões de garrafas (7,05 milhões de Porto e 1,2 milhões DOC Douro). Detém ainda três propriedades no Douro (S. Luiz, Arnozelo e Quinta do Bairro, que totalizam 360 hectares de vinhas).