Calma, não se trata de nada de cariz nuclear. É uma técnica enológica frequentemente usada quando se pretendem vinhos tintos com boa cor, cheios de fruta e taninos suaves.
Em termos práticos, as uvas são colocadas cuidadosamente em cubas. Cachos inteiros, sem que as películas estejam danificadas. Por vezes, os cachos são ligeiramente refrigerados para evitar que a película se rompa tão facilmente. O controlo de temperatura é importante em todo o processo.
As cubas são atestadas com dióxido de carbono, ou seja, o oxigénio é eliminado.
A fermentação acabará por arrancar sem qualquer adição de leveduras, a chamada fermentação intracelular. A pouco e pouco, a película vai romper e a polpa da uva vai libertar-se.
Nesta fase inicial, as uvas podem ser prensadas, as películas são retiradas e o mosto haverá de completar a fermentação. Há ainda casos em que ao mosto se juntarão vinhos de prensa e de gota, deixando-se continuar a fermentação.
O vinho resultante será muito aromático, de estrutura leve e poderá ser consumido jovem. A maceração semi-carbónica é bastante semelhante, mas não contempla adição de CO2.
Está a ver? Nada de explosões nem meteoritos.